No dia 25 de janeiro, a Secretaria Municipal de Cultura apresenta mais de 300 atividades, como shows, cinema, dança, teatro e circo, em cerca de 150 pontos nas ruas e equipamentos culturais municipais nas cinco regiões da cidade
Um dos destaques do calendário integrado da cidade, o Agendão, do programa São Paulo Capital da Cultura, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, o Aniversário de São Paulo celebra a fundação da maior cidade da América Latina, promovendo uma reflexão sobre a sua história por meio das atividades programadas para o dia 25 de janeiro. O evento conta com mais de 300 atividades entre shows, palestras, cinema, dança, circo, teatro, programação infantil, debates e roteiros de memória, realizadas em cerca de 150 pontos em todas as regiões da cidade.
Entre as atividades programadas, na região central, o destaque é o Grande Cortejo Modernista.
Na festa da cidade, cabem todos os ritmos e gêneros: da cultura
indígena, passando pelo forró, pelo hip hop, pelo samba, erudito e rock,
até atrações de música brasileira e carnaval.
Participam desse espetáculo itinerante a céu aberto artistas como Elba Ramalho com Bixiga 70, Karol Conka, Rashid, Ney Matogrosso, Skank, Demônios da Garoa e a bateria da Vai-Vai. Para dar vida a personagens históricos, foram convidados atores como Pascoal da Conceição, interpretando o escritor Mário de Andrade. A Orquestra Sinfônica Municipal, o Coro Lírico, o Balé da Cidade de São Paulo e o Coral Indígena Guarani Amba Vera também
integram a apresentação. A abertura será no Pátio do Colégio, às 14h, e
o itinerário inclui o Largo São Bento, Rua Líbero Badaró, Avenida São
João, Viaduto do Chá, Praça Ramos de Azevedo – onde fica o Theatro
Municipal de São Paulo -, Largo do Paiçandu, esquina das Avenidas
Ipiranga e São João e Praça da República. Dessa forma, o público é
convidado a percorrer pontos históricos e lugares de memória que se
relacionam com a cultura brasileira em todas as suas formas.
Entre as atividades descentralizadas, que acontecem nas cinco regiões da cidade, está o show de Emicida, no Palco Praça Brasil, na zona leste. Depois de duas apresentações que lotaram o Theatro Municipal de São Paulo, no ano passado, para a gravação do DVD “AmarElo”, o cantor retorna para uma apresentação ao ar livre durante o aniversário de São Paulo. O espetáculo foi o vencedor da categoria melhor show do prêmio APCA 2019. O rapper concebeu este trabalho “como quem manda cartas de amor”. No repertório, a faixa-título “Eminência Parda”, entre outras canções, além de músicas que marcam seus dez anos de carreira.
Na Freguesia do Ó, zona norte, o tradicional grupo de forró paulistano Falamansa
apresenta-se às 19h com diversos sucessos que marcaram o início dos
anos 2000, entre eles, “Rindo à Toa” e “Xote da Alegria”. O grupo faz
ainda versões de canções conhecidas nas vozes de Luiz Gonzaga e Alceu
Valença. Na sequência, sobe ao palco o grupo de forró Rastapé.
Com 20 anos de carreira, a banda Rastapé, o grupo lançou recentemente
as canções “Contando as Horas” e a regravação de “Vou te Levar”, música
do rapper Fábio Brazza e Vulto.
Outro espaço que recebe programação neste dia é o Centro Cultural da Juventude. Um grande encontro de talentos da nova geração do rap com Drik Barbosa, Kamau e Rashid.
A carreira da MC, que participou, em 2015, da música “Mandume” de
Emicida, começou na Batalha do Santa Cruz, na qual desenvolveu suas
habilidades no freestyle, método baseado na improvisação. Da mesma
fonte, vieram também Rashid, Projota e o próprio Emicida. Uma das
principais referências entre o rap clássico e o contemporâneo, Kamau é
um dos principais nomes do gênero no Brasil. Rashid, que significa
“justo” e “corretamente guiado” em árabe é um rapper que tem uma
carreira musical recente, mas já muito sólida. Seu primeiro álbum foi
lançado em 2016, mas o rapper já se tornou referência no segmento,
principalmente em São Paulo, onde nasceu. Seu mais recente trabalho,
“Tão Real”, é multiplataforma, com conteúdos disponíveis em podcast e
também como documentários, além das faixas musicais.
No Butantã, zona oeste, a programação se inicia às
14h com o grupo Samba Rock Santo Amaro formado por alunos de uma oficina
realizada na própria Casa de Cultura. Na sequência, às 15h20, o grupo
“Eu soul sambarock” relembra os bailes das periferias de São Paulo desde
a década de 1960. Às 16h, a banda Sandália de Prata apresenta seu novo
disco, “Maloqueiro e Elegante”. O encerramento fica com a cantora Paula
Lima, às 18h. Com foco no samba-rock, o repertório traz canções como
“Mil estrelas” e “Meu guarda-chuva”.
Ainda nessa região, no Centro Cultural Tendal da Lapa,
às 19h, o cantor Marcelo Jeneci apresenta seu novo disco, “Guaia”,
voltando às origens ao homenagear o bairro em que cresceu, Guaianazes.
Para apresentar o terceiro álbum, Marcelo Jeneci (voz,
sanfona e teclados) sobe no palco acompanhado por Rafa Cunha (bateria e
samplers). No repertório, seus maiores sucessos e as novas canções “Aí
Sim”, “Oxente” e “Redenção”, entre outras.
O samba dá o tom da programação do M’Boi Mirim, na zona sul.
A partir das 18h, a programação começa com a Equipe Black Mad, grupo
fundado por Mauricio Black Mad e que traz uma apresentação de dança e
música em ritmos como soul music e funk. Na sequência, às 20h, será a
vez de Rodriguinho, ex-vocalista do grupo Travessos,
que apresenta a turnê “30 anos, 30 sucessos”. Neste show, ele relembra
canções que fizeram sucesso no grupo como “Tô te filmando (Sorria)” e
“Quando a gente ama”. Quem encerra as apresentações neste palco é o
grupo de samba Art Popular, às 21h. Músicas como “Pimpolho” e “Fricote” estarão no repertório.
Para valorizar e descriminalizar este gênero musical, a Secretaria
Municipal de Cultura realizou em dezembro de 2019, na zona leste, o Festival Funk da Hora.
Agora, no dia do aniversário de São Paulo, dia 25 de janeiro, o projeto
chega à zona sul. Entre os mais de 20 artistas convidados,
apresenta-se, no Centro Cultural do Grajaú, o mineiro MC Lan, que lançou
sucessos como “Sua Amiga Eu Vou Pegar” e “Open the Theca”; em
Heliópolis, o paulistano MC Kekel, intérprete dos hits “Quer Andar de
Meiota?”, “Solteiro Nunca Está Só” e outros; e, em Paraisópolis”, o
carioca Nego do Borel, autor de “Me Solta” e “Você Partiu Meu Coração”.
